sábado, 9 de julho de 2011

SOCORRO! SINAIS DE UM ADULTÉRIO A CAMINHO!


Várias pesquisas realizadas no Brasil indicam que a grande maioria dos homens e 50 a 60% das mulheres têm praticado ou praticam o adultério ou, como se diz na linguagem mais em uso, “transam” com pessoas que não são sua esposa ou seu marido. Com a ênfase dada ao sexo na TV, no cinema, na literatura, e até nas instituições de ensino, chegando ao extremo da obsessão, não é de se admirar que o homem secular, sem a convicção espiritual e os princípios da Palavra de Deus, caia nesse pecado.
O crente em Cristo, porém, não cai nesse pecado. Ele entra nele aos pouquinhos. Isso porque não observa a sinalização que o adverte do perigo. Faz vista grossa a esses sinais porque, embora não deseje precipitar-se no abismo da desgraça da imoralidade, quer sentir pelo menos um pouco a gostosura dos seus prazeres. Assim, avançando sinal após sinal, deixa a vida pegar embalo no caminho errado até ao ponto de não conseguir mais fazer a manobra de frear para evitar o desastre. Diz, então, que “caiu no pecado”, quando este, de fato, há tempo já estava no seu caminho.
O primeiro sinal é falta de carinho e afeto na conversa e relacionamento cotidianos com o cônjuge. A comunicação começa a limitar-se a frases como: “Tive um péssimo dia no escritório hoje”; “Já pagou a conta do dentista?”, ou, pior ainda: “Você já gastou todo o dinheiro que lhe dei no mês passado?”; “Se você não comprar logo uma geladeira nova, eu simplesmente vou parar de cozinhar”.
Quando você percebe que é difícil conversar com sua esposa ou seu marido com aquela linguagem carinhosa que usava durante o namoro, tome cuidado – é um dos primeiros sinais de perigo.
Perto desse sinal vem outro: a falta de conversa sobre assuntos espirituais, a leitura da Bíblia em conjunto e a oração com a esposa. Quando essas coisas não fazem parte da vida conjugal, é um sinal de alerta. Prosseguindo nesse caminho pode haver adultério mais adiante.
Há mais sinais. Quando você começa a compartilhar os problemas de relacionamento no lar com algum amigo ou amiga do sexo oposto, você está aproximando-se mais do perigo. Freqüentemente essa outra pessoa tem problemas também, e está disposta a ouvir, a conversar e demonstrar simpatia, o que gera ainda mais intimidade.
Não demora muito para que aconteça o “toque inocente”. O patrão põe a mão no ombro da sua secretária ao pedir que ela digite uma carta; ela encosta seu corpo ligeiramente no dele ao entregar a carta pronta, depois um abraço fraternal, um beijinho no rosto. Você argumenta que não há nada de errado nisso, que é apenas amizade.

Quando você percebe que é difícil conversar com sua esposa ou seu marido com aquela linguagem carinhosa que usava durante o namoro, tome cuidado.
Aos poucos vocês estão gastando mais tempo juntos. “Acontece” que saem para o almoço na mesma hora e “por que não almoçarem juntos”? Ela precisa pegar o metrô para ir para casa; “por que não levá-la no seu carro?” Você precisa trabalhar duas horas extras para terminar o projeto, e ela, sendo boa amiga, fica também para ajudar. Se parar um pouco para pensar, você perceberá que tem prazer na companhia dela ou dele. Não, vocês não estão dormindo juntos mas estão em grande perigo. Nessa altura, o sinal é um luminoso vermelho piscando a todo vapor.
Se você não retroceder, haverá um envolvimento emocional que provavelmente o arrastará para a fossa fatal do adultério. E com amargura de coração você dirá – “Caí no pecado”. Não, você não caiu... você entrou nele aos pouquinhos.
O pastor Charles Mylander, num artigo publicado no periódico “Moody Monthly”, sugere três áreas onde é preciso aumentar o controle para evitar ser arrastado ao pecado do adultério:
 
Primeiro: Controle da mente

 









Adultério, como a maioria dos pecados, começa na mente. O crente em Cristo precisa levar “cativo todo pensamento à obediência de Cristo” (2 Co 10.5). O apóstolo Paulo exorta o cristão a uma transformação “pela renovação da... mente” (Rm 12.2), e Jesus Cristo, no Sermão da Montanha, disse: “Qualquer que olhar para uma mulher com intenção impura, no coração, já adulterou com ela” (Mt 5.28).
A porta principal da mente são os olhos. E nessa área de imoralidade o homem, muito mais que a mulher, precisa desenvolver o controle a fim de ter uma mente pura. O homem que permite aos seus olhos o prazer de assistir aos programas de TV que apelam para sexo a fim de obter mais IBOPE (e são muitos); que toma tempo para folhear revistas como “Playboy”, que deixa seus olhos analisarem o corpo das mulheres para uma avaliação sexual, logo vai perder a primeira batalha contra a tentação. Sua mente vai QUERER o adultério, e este querer só espera a oportunidade para se realizar com a experiência.
A mulher também precisa praticar o controle. Talvez mais na maneira de vestir-se do que pelo olhar. É interessante que a Bíblia exorta a mulher a vestir-se com modéstia, bom senso, etc., e não o homem, isso porque a mulher não é tão facilmente levada à tentação sexual pelos olhos como o homem. Mas a mulher que é indiscreta na maneira de vestir-se, sem dúvida, é cúmplice do diabo na tentação ao homem. A admoestação da Bíblia de “glorificar a Deus no vosso corpo” (1 Co 6.20), com toda a certeza inclui o cuidado que cada mulher precisa ter em não provocar a concupiscência, revelando a beleza do seu corpo, seja por falta de roupa adequada ou pelo uso de roupa colante. Argumentar que “está na moda” não mudará em nada a opinião do Autor das Sagradas Escrituras.

Segundo: Controle de palavras

A porta principal da mente são os olhos. E nessa área de imoralidade o homem, muito mais que a mulher, precisa desenvolver o controle a fim de ter uma mente pura.
O homem casado, ou a mulher casada, jamais devem usar as palavras carinhosas de amor no trato com outras pessoas além do cônjuge. Nunca compartilhe problemas de casa com amigos do sexo oposto. E não procure conselho com alguém que tenha seus próprios problemas. Quem é perdedor dificilmente ajudará outro a ganhar. Ao encontrar problemas sem solução, procure conselho com alguém que descobriu a fórmula para constituir uma família feliz e vive essa felicidade no lar. Muitos adultérios tiveram o seu início na intimidade da “sala de aconselhamento”.

Terceiro: Controle de toque

Homens, não ponham suas mãos noutra mulher a não ser a sua própria esposa. E, mulheres, não conversem com o homem em “Braille”. O prazer da intimidade física é algo que Deus reservou para a santidade do casamento. Sexo antes ou fora do casamento sempre contamina o sexo no casamento, e o contato físico é um prazer que leva à consumação do desejo dessa intimidade. É preciso avaliar sinceramente se os abraços e beijos que damos e recebemos são uma expressão de estima recíproca ou um prazer “inocente” que podemos desfrutar sem compromisso. Deus reconhece o nosso desejo de intimidade, mas não aprova tal intimidade fora do casamento. “Por causa da impureza, cada um tenha a sua própria esposa, e cada uma, o seu próprio marido” (1 Co 7.2).
O conselho de Salomão ainda é válido: “Bebe a água da tua própria cisterna e das correntes do teu poço... alegra-te com a mulher da tua mocidade... e embriaga-te sempre com as suas carícias... O que adultera com uma mulher está fora de si; só mesmo quem quer arruinar-se é que pratica tal coisa” (Pv 5.15,18-19; 6.32).

Em Cristo,
Edmilson Santos 

Fonte: Extaído do livro de Haroldo Heimer (cultucando - O que as Igrejas Toleram e a Bíblia Reprova)

sexta-feira, 8 de julho de 2011

“Que vos ameis uns aos outros”



O amor é a base do ministério cristão (Jo 13. 34, 35)

O amor é um tema bastante presente nas Escrituras. Ao farla de Deus, a apóstolo João o definiu como sendo amor (1Jo 4.8). Neste estudo procuraremos desenvolver o tema do amor como a base do ministério cristão. Isto por que entendemos que servir a Deus e ao próximo são ações que encontram no amor a sua fundamentação necessária. A necessidade de tal reflexão existe em função da nossa experiência no mundo em que vivemos que é marcado pelo egoísmo, individualismo e pela indiferença.  
 A igreja de Cristo pode apresentar ao mundo a proposta radical de Jesus, que está no amor a Deus e ao próximo. Este antigo conselho é um novo mandamento ainda não colocado em pratica pelo ser humano em geral. A injustiça social, a má distribuição de renda, a ganância do mercado, a insensibilidade para com os milhões e milhões de famintos, a miséria, o analfabetismo, a violência, as guerras e a impunidade são fatos que comprovam que o ser humano ainda não aprendeu a amar. Mas, estas coisas são o resultado de uma ausência de amor a Deus que, em Cristo Jesus, demonstrou o seu amor eterno por nós.

O ENSINO DE JESUS SOBRE O AMOR A DEUS E AO PRÓXIMO

Em Mateus 22.34-40, Jesus foi indagado acerca do maior mandamento da lei. A resposta de Jesus foi "Amarás o Senhor teu Deus de todo coração (... ) alma (...) e entendimento (...) e ao próximo como a ti mesmo". Existem alguns elementos importantes nesta resposta:

1. "Amar a Deus" é o maior mandamento o mandamento que nos ordena amar a Deus é ao mesmo tempo o primeiro na lista dos "Dez Mandamentos" e o grande mandamento, porquanto a lei mosaica está indissociavelmente ligada à fidelidade a Deus e ao atendimento de sua vontade. O amor a Deus é a motivação da existência humana.

2. O segundo mandamento semelhante ao primeiro seria: "Amarás o teu próximo como a ti mesmo". O nosso amor deve começar por aqueles com os quais convivemos. Nesta resposta, Jesus citou dois trechos do AT: Deuteronômio 6.4,5 e Levítico 19.18.

3. O verbo "amar" usado aqui por Jesus vem do grego agapao, denotando um amor especial e devotado; assim, Jesus atrelou o amor a Deus com o amor ao outro e com isso mostrou que nenhum tipo de religiosidade é aceitável se não mantiver um relacionamento correto com Deus e com o próximo. Os fariseus diziam amar a Deus, mas não hesitavam em perseguir a Jesus querendo destruí-lo. Demonstravam, portanto, que eles estavam em falta com relação aos mandamentos da lei.

4. De acordo com Jesus, destes dois mandamentos dependem a Lei e os Profetas. A palavra "dependem" vem do grego krematai e significa literalmente "penduram-se", como algo fica pendurado em um prego na parede. Isso indicava uma relação de dependência fundamental. Jesus estava dizendo que todo o conteúdo do AT está resumido nestes dois mandamentos.

5. Jesus resumiu toda a responsabilidade moral humana em duas categorias: amor a Deus e amor ao próximo. Estas mesmas categorias podem ser distinguidas nos mandamentos do Decálogo, onde os quatro primeiros dizem respeito ao nosso amor a Deus, e os seis últimos falam do nosso amor ao próximo. O amor deveria ser o grande elemento alimentador da religião (]o 13.35).
 O ensino de Jesus vai mais além do mero amor descomprometido com o próximo. Para Jesus, quem ama está disposto a servir(Mc 10.45; At 10.38). E Jesus demonstrou em sua vida e morte como ele amou o mundo, amando até mesmo quem o rejeitou e o maltratou. Um dos exemplos de serviço abnegado, amoroso e sacrificial pelo próximo foi demonstrado na atitude de Jesus ao lavar os pés dos seus discípulos, inclusive de Judas Iscariotes, que haveria de traí-lo (]o 13.1-15). Jesus procurou ensinar que existe grande virtude no amor sacrificial.

 O AMOR COMO MOTIVAÇÃO DO MINISTÉRIO CRISTÃO

O ministério cristão encontra sua razão de ser no fato de experimentarmos uma relação diária com Deus fundamentada no amor recíproco entre ele e nós. Esta relação afetiva traz consigo alguns elementos que merecem ser destacados:

1. A origem do nosso amor a Deus não está em nós mesmos, mas fundamenta-se no fato de que ele nos amou primeiro de forma misericordiosa e compassiva (Jo 15.13; Rm 5.8; 1]04.16). Em 1João 4.10 lemos: "Nisto está o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou a nós, e enviou seu  Filho como propiciação pelos nossos pecados”, e em 4.19: "Nós o amamos, porque ele nos amou primeiro”: Esse "amor primeiro" gera em nós uma eterna gratidão que se traduz em louvor e ações de graças (Sl 100).

2. A presença do Espírito Santo em nós faz com que esse amor seja ainda mais alimentado e transforme a nossa vida como um todo (Rm 5.5; Gl 5.22,23). O amor desponta como um dos frutos do Espírito Santo em nós. E, assim, o amor é o fundamento para os demais frutos do Espírito.

3. O amor a Deus revela-se de duas maneiras: interiormente e exteriormente: (1) Interiormente, mediante a nossa devoção a ele (Sl40.8). O espírito voltado para Deus deleita-se na Palavra do Senhor (Sl 1.2); busca a sua presença na intimidade da oração (Jr29.12-14); mantém um coração humilde, quebrantado e contrito perante a sua face (Sl 34.18; 51.17). (2) Exteriormente, por meio de uma vida de serviço e dedicação a ele (lCo 15.58; G[ 2.20; Hb 6.10).

O AMOR AO PRÓXIMO É A PROVA DA VERACIDADE DO MINISTÉRIO CRISTÃO

O ministério cristão só fará jus ao que afirma ser se o seu agir estiver fundamentado no amor. Se não, será apenas o exercício de ações vazias de conteúdo e erroneamente motivadas. Paulo afirmou que, sem amor, mesmo os maiores sacrifícios, em nome do cristianismo, perdem o seu valor para Deus (l Co 13). De nada adiantará a aparência de espiritualidade (13.1). Serão inúteis os profundos conhecimentos sobre Deus ou mesmo a operação de milagres (13.2). Perderão o sentido as obras de caridade e a disposição para o sacrifício (13.3). Sem amor, o cristianismo  transforma-se em uma religiosidade  impessoal e distante do exemplo de Jesus Eis alguns destaques, com relação ao amor ao próximo:

1. Amor ao próximo é um mandamento de Deus; não é um mero acessório opcional à nossa união com Cristo. 1João4.7, 8, 20 diz: "Amado amemo-nos uns aos outros, porque o amor é de Deus; e todo o que ama é nascido de Deus  e conhece a Deus. Aquele que não ama não conhece a Deus; porque Deus é amor (...) Se alguém diz: Eu amo a Deus odeia a seu irmão,  é mentiroso. Pois quem não ama a seu irmão, ao qual vi", não pode amar a Deus, a quem não viu”.

2. O amor não surge em nós como um milagre instantâneo. Ele precisa ser colocado em prática em atos de amor. Amar é um aprendizado diário e pessoal. Somos chamados a pedir em oração que Deus nos dê mais amor e, ao mesmo tempo, a também agirmos procurando fazer o bem àqueles que estiverem ao nosso redor, demonstrando bondade, boa vontade, gentileza, perdão e disposição para servir (1Co 13.4-8).

3. As atitudes que caracterizam o amor estão exemplificadas nestas expressões mencionadas por Billy Graham em um de seus livros:
Eu respeito você. Eu vejo você como você é. Eu aceito você. Eu não usarei você em meu próprio proveito. Você é importante para mim.
Eu cuido de você. O que lhe acontece é importante para mim. Eu me importo com a sua vida e com o seu sucesso. Farei tudo que eu puder para ser uma bênção em sua vida.
Eu sou responsável por você. Suas necessidades espirituais me motivarão a orar sempre por você. Eu corrigirei você em amor. Não sentirei prazer em suas falhas e fracassos. Eu não manterei um registro emocional dos seus erros. Eu serei paciente. Conte comigo.

CONCLUSÃO

Como ministros/servos de Cristo precisamos amar nas dimensões vertical e horizontal. As duas são importantes e estão unidas entre si. Amar a Deus e ao próximo resume não apenas o conteúdo da Lei e dos Profetas; resume a própria mensagem do cristianismo: "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. (...) Nisto conhecemos o amor: que Cristo deu a sua vida por nós; e nós devemos dar a vida pelos irmãos" (Jo 3.16 e 1Jo 3.16).

Em Cristo,
Edmilson Santos