quarta-feira, 27 de junho de 2012

O SILÊNCIO DE DEUS


Por Josiel Dias

Por que o silêncio incomoda tanto?
Clamo a ti, porém, tu não me respondes; estou em pé, porém, para mim não atentas. Jó 30:20

Um grande conferencista foi convidado para uma palestra em uma determinada igreja, chegando à hora da mensagem, a igreja superlotada aguardava ansiosa o mensageiro da noite. O conferencista então sobe até o púlpito, pega o seu óculos e abre a sua Bíblia em uma determinada parte e simplesmente não diz nada, apenas fica olhando para a congregação.
Foram sessenta segundos sem esmiuçar nenhuma palavra, os irmãos começaram a ficar preocupados, pois não entendia o que estava acontecendo. Nos trinta segundos de total silêncio ouviu-se uma irmã que gritou: Fala Deus! Outras vozes ecoaram na congregação dizendo: Senhor tem misericórdia!
O Pastor calado segurava a sua Bíblia e apenas olhava a igreja. Eu penso que nem mesmo aquele pastor estava aguentando ficar em silêncio. Em fim o conferencista quebra o silêncio e exclama:
Por que vocês estão tão ansiosos? Por que vocês estão tão aflitos e apressados? Mais uma pausa foi dada. Havia um propósito naquele silêncio do conferencista, ele sabia que fazia parte da mensagem e dinâmica da noite. Mas todo aquele povo não sabia de nada.
O conferencista então quebra totalmente aquele insuportável silêncio e dá início a mensagem.
As primeiras palavras ditas por aquele pastor foi a seguinte: Vocês ficaram agoniados por apenas um minuto que eu me silenciei. Então como seria o silêncio de Deus, por dias, meses e anos?

O silêncio de Deus não significa ausência dEle.
Às vezes ficamos como aquela congregação, agoniados, aflitos querendo ouvir algo de Deus, uma resposta um murmuro se quer. Questionamos a Deus o porquê, mas Ele não responde as nossas preces. Queremos ouvi-lo já, em nosso tempo e muitas vezes a resposta que queremos ouvir é um sim!

As três respostas de Deus para nós
Sim, Não, Espere, faz parte das respostas que Deus nos dá em seu tempo, muitas vezes o “Espere” é acompanhado de um total silêncio. Deus sabe o que está acontecendo, mas nós nos desesperamos e achamos que estamos sozinhos e que Deus não nos ouve.
No texto base desta mensagem Jó diz: Clamo a ti, e não me respondes; estou em pé, mas apenas olhas para mim! Jó 30:20.
A percepção do servo Jó naquele momento de tribulação era que Deus não estava lhe respondendo, nem atentava para o seu “colocar-se em pé”. Podemos interpretar este “colocar-se em pé de Jó”como uma forma de chamar a atenção de Deus.
Às vezes estamos passando por uma luta, tribulação e queremos a resposta de Deus na mesma hora em nosso tempo, normalmente falamos: Deus porque o Senhor não responde? Por que demora tanto a minha vitória? Eu tenho orado, estou aflito, estou em pé e chamo tua atenção, mas nada acontece.
Como é difícil esperar não é mesmo? Queremos ouvi-lo em nosso tempo, tem que ser na nossa hora. Salmo 40 nos dá uma lição, pois precisamos ter paciência e confiança no Senhor. Começamos no versículo primeiro que diz: Esperei pacientemente pelo Senhor e ele ouviu o meu clamor, mas logo pulamos para o versículo treze que diz: Apressa-te Senhor em socorrer-me.

O Tempo de Deus quase sempre não bate com o nosso tempo.

Ficamos analisando também o Salmista Davi em seu desespero e aflição no Salmo 13:1-3 e em apenas nos dois primeiros versículos, simplesmente faz cinco perguntas para Deus, vejamos:

Primeira pergunta do salmista: Até quando Senhor?
Segunda pergunta do salmista:Esquecerás de mim para sempre?
Terceira pergunta do salmista:Até quando ocultarás de mim o rosto?
Quarta pergunta do salmista: Até quando estarei eu relutando dentro da minha alma, com tristeza no coração cada dia?
Quinta e última pergunta do salmista: Até quando se erguerá contra mim o meu inimigo?

Após estes questionamentos o salmista exclama no versículo três: Atenta para mim, responde-me, Senhor, Deus meu! Esta exclamação indica talvez o tom de voz do salmista em seu pedido.

A resposta a todos estes questionamentos do salmista David, Jó e porque também os nossos, vem também de um Salmo, Salmo 46: 10-11.
Aquietai-vos e sabeis que eu sou Deus, Sou exaltado entre as nações. O Senhor dos exércitos está conosco. O Deus de Jacó é o nosso refúgio.
Aquieta o teu coração, a resposta de Deus sempre é a melhor para as nossas vidas. O tempo de Deus é perfeito e o seu silêncio não é ausência Dele.
Deus continue te abençoando hoje e sempre. Amém

Em Cristo,
Edmilson Santos

segunda-feira, 18 de junho de 2012

OS DIAS DA CRIAÇÃO



"Os dias da criação do mundo foram li­teralmente dias de vinte e quatro horas?"
Realmente, muito se tem discutido sobre o significado da palavra dia nos primeiros versículos do livro de Gênesis. Para muitos, os dias da criação (Gn 1.1,13) são longos períodos que, inclusive devem coincidir com as eras geológicas. Outros, no entanto, interpretam esses dias como períodos de vinte e quatro horas.
Os que advogam a palavra dia como significando um longo período, afirmam que até o 3" dia (Gn 1.1.13) não existiam o Sol e a Lua. para regerem o tempo, definindo o dia e a noite, à semelhança de ho­je. Os que declaram que os dias da criação compreendem um período de vinte e qua­tro horas apegam-se a Êxodo 20.11. Moisés se teria referido a dias de vinte e quatro ho­ras aplicando-os à criação.
Em muitas referências bíblicas, a pala­vra dia ou "Yom" (heb.). tem vários significados. Por exemplo, "dia" 1.181 ve­zes; "hoje" 87 vezes; "eternamente" 18 ve­zes; "continuamente" 10 vezes; "idade" 6 vezes; "vida" 4 vezes; "perpetuamente" 2 vezes. Além disso, às vezes parecem com­preender o período da criação, isto é, os seis dias (Gn 2.4), o que dificulta, de fato, a compreensão exata do assunto.
O que é mais aceito pelos estudiosos desse assunto é que aí se refere a dia solar.
As seguintes referências sustentam o princípio de que os dias da criação, mencionados em Gênesis capítulo 1 e 2, são dias solares: a) cento e cinqüenta dias do Dilúvio: Gn 8.3; b) quarenta dias (espias): Nm 13.25; c) três dias (Jonas): Jn 1.17; d) quarenta dias depois da ressurreição de Je­sus: At 1.3; e) seis dias (criação): Êx 20.9-11. Em todas as referências do Velho Tes­tamento aqui mencionadas, a palavra "dia", no original está "yom" (hb), que significa, neste caso, dia solar. Em Atos aparece a palavra "hemera" (gr), que tem o mesmo significado. Todavia, existem ou­tros importantes sentidos, como seja, um período de tempo que pode ser de curta ou de longa duração (Is 2 e 4), ou um tempo mesmo (Gn 4.3; 26.8; Nm 20,15) ou um período inclusivo e compreensivo: Gn cap. 2; Dt cap. 10.
Destarte, a fim de esclarecer esta ques­tão, apresentamos, ao caríssimo leitor, nove razões que levam alguns estudiosos da Bíblia a pensar que estes "yons", ou se­ja, dias, foram de 24 horas:
1. Cada um destes dias de Gênesis está dividido em períodos de luz e escuridão, exatamente como um dia solar. Alguns, entretanto, discutem baseados na convic­ção de que nos três primeiros dias da cria­ção não havia sol, e que, por isso, não po­deriam ser dias solares. Porém, existem dias no inverno em que não aparece a luz solar, e, além disso, há países onde a luz do Sol não aparece por longos períodos, mas ainda assim dividem-se os dias em 24 ho­ras.
2.  Notamos que no 3º dia o grande mundo botânico nasceu sendo este tam­bém dividido como os outros; mas, se acre­ditarmos que este foi um período geológico, como alguns admitem, de 500.000 anos de luz e seguido por 250.000 anos de trevas; perguntamos: Seria possível o mundo bo­tânico sobreviver metade duma era geoló­gica sem os raios do Sol?
3.  O texto hebraico implica numa es­pontaneidade de acontecimentos, que rejeitam, de fato, a necessidade duma era para representar a palavra dia. Disse Deus: "Haja luz", e a luz existiu. Será que o Deus onipotente e plenipotenciário iria precisar de tantos séculos para realizar essa obra? Pedro esclarece-nos isso quando diz que um dia, para o Senhor, é como mil anos e mil anos como um dia: 2 Pe 3.8. Deus, pela sua Palavra, poderia ter feito todas as coisas num só dia, pois, para Ele, tempo não é impedimento.
4.  Temos de convir em que Moisés, quase com certeza, se está referindo a dias solares de 24 horas, e não a dias geológicos, que os cientistas com seus determinados cálculos pretendem provar. Moisés certa­mente não estava procurando expressar-se em termos científicos, mas usou uma lin­guagem acessível à época.
5.  Nos manuscritos hebraicos, quando um número definido precede ou acompanha a palavra "yom". sempre indica um dia solar. Por que não aqui?
6.  Está em evidência o relato da pró­pria Bíblia, especialmente tratando do estabelecimento do sábado, 7º dia: Êx 20. Portanto, se fôssemos dar crédito no que dizem alguns cientistas modernos, tería­mos, também, de crer no mesmo período geológico para a criação de Adão e ainda em que Deus continua descansando até ho­je. Impossível!
7.  Se aceitarmos a teoria de que cada um destes "dias" representa uma era geo­lógica de 500.000 anos. como explicar, por exemplo, que Adão foi criado no sexto período e que Deus descansou no sétimo dia ou "era"? Adão estaria vivo depois ou foi expulso do jardim do Éden no oitavo dia? Que idade teria ele, então? A Bíblia declara-nos que Adão morreu com 930 anos. Porém, se seguirmos o raciocínio da geologia moderna ele teria 750.000 anos, quando foi expulso do jardim do Éden. Isto constitui um verdadeiro absurdo!
8.  Não há razão de se exigir um período tão extenso para cada dia. A menos que acreditemos na teoria dos evolucionistas, porque somente deste modo precisaríamos crer nesses dias longos.
9. No versículo 3 de Gênesis não existe discrepância. Deus disse: "Haja luz" e a luz existiu. Ademais, o hebraico ajuda-nos a entender qual o significado dessa expressão. O termo vem de uma tradução do hebraico: "Wa ye hi or". que dá a entender que foi um ato instantâneo. A palavra luz, no versículo 3 é "or" fheb). e seu corres­pondente é "phos" (gr). Já no versículo 14, temos a expressão "luminares", "maior" fheb). Que significa literalmente um can­deeiro, castiçal ou candelabro, ou seja, aquele que segura a luz ou depósito de luz.
Ademais, para provar a origem da luz no primeiro dia da criação (pois o Sol somente foi criado no quarto dia), temos, por exemplo, a "Aurora Boreal", do Pólo Nor­te; os "mares" que possuem elementos e minerais que dão brilho fosforescente, onde existem plantas, peixes, fungos mari­nhos, que têm este brilho. Um outro exem­plo não menos importante é o "vagalume" que. sem dúvida, quebra todos os argu­mentos da ciência moderna, quando diz não existir luz sem calor; porém, confes­sam os próprios cientistas, o inseto lumi­noso, joga por terra a exigência da ciência, pois há luz sem calor. E finalmente, a "luz cósmica", que era desconhecida e desacre­ditada até os homens explorarem o espaço.
O nosso Planeta e Vênus, quando contem­plados de longe, no espaço, parecem bolas de luz.
Do exposto, podemos dizer que essa in­certeza por parte da ciência, em relação à criação do universo em nada afeta a vera­cidade da Palavra de Deus. Ele é o Criador de todas as coisas.

Em Cristo,
Edmilson Santos

terça-feira, 5 de junho de 2012

Prioridades na Vida do Pastor



Manter as prioridades em sua devida ordem é um dos maiores desafios que o pastor enfrenta. As muitas ocupações do pastorado constantemente pressionam os ministros a comprometer a oração, a vida devocional, a família e, às vezes, até o padrão moral exigido pela Palavra de Deus.

As prioridades do ministro do Evangelho devem estar nesta ordem:

(1) seu relacionamento com o Senhor, (2) sua esposa e filhos e (3) seu ministério e trabalho. Acompanhe-me em alguns pontos de especial interesse no campo dessas três prioridades.

Seu relacionamento com o Senhor. Sua vida devocional é absolutamente decisiva.

Seu relacionamento com a esposa e filhos. Alguns ministros ficam tão ocupados, que negligenciam as necessidades emocionais, alimentares e outras carências da família. Esposa e filhos podem ficar ressentidos contra o ministério, e mesmo contra Deus, tudo porque o chefe da família falhou em suprir-lhes as necessidades básicas. Isso é trágico.
Já faz tempo que declarei que não vou ganhar para o Senhor os filhos dos outros e perder os meus, como aconteceu na casa do sacerdote Eli. O Senhor nos tem ajudado — a mim e a minha esposa — nessa prioridade. Temos um lindo filho, e ele ama a Deus. Paulo instruiu a Timóteo:
“Se alguém não sabe governar sua própria casa, terá cuidado da igreja de Deus?” (1 Tm 3.5).

A obra do ministério. (1) Dê amplo tempo para a pregação da Palavra de Deus. Quando as pessoas se reúnem, precisam ser alimentadas com a Palavra. Elas estão famintas pelas verdades espirituais. Como pastor, é sua  responsabilidade nutri-las com uma dieta espiritualmente balanceada. Isso significa que você tem de passar bastante tempo estudando e se preparando.

Os primeiros apóstolos compreenderam isso, porquanto determinaram: “Nós perseveraremos na oração e no ministério da palavra” (At 6.4).

(2) Qualquer coisa permanente na igreja virá pela oração (e jejum). Deus só opera na igreja que está impregnada pelo espírito de oração. D. L. Moody disse: “Aqueles que deixaram a mais profunda marca nesta terra amaldiçoada pelo pecado foram homens e mulheres de oração”.

(3) Treine e envolva os crentes leigos na obra do ministério. Paulo instrui os que ocupam ministérios de liderança a estarem continuamente envolvidos no “aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério” (Ef 4.12).

Os ministros do Evangelho têm o privilégio de ajudar os crentes leigos a encontrar seu espaço no ministério. Nem todos podem cantar no coral, ser porteiros ou ensinar na Escola Dominical, mas há outros lugares no ministério cristão. Nunca foi a intenção de Deus que houvesse crentes de banco. Ele quer que todos os membros do Corpo de Cristo tomem parte na obra do seu Reino.

Deus o chamou para o maravilhoso ministério de pastorear, e “o Espírito Santo vos constituiu bispos, para apascentardes a igreja de Deus, que Ele resgatou com seu próprio sangue” (At 20.28). A soberania de Deus impulsiona a chamada que você tem. Quando Deus nos manda fazer algo, sempre nos dá os dons necessários para a realização de sua obra. Compreender isso traz tremendo descanso.

Em Cristo,
Edmilson Santos