terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

PASTOR, UM LÍDER SOLITÁRIO


Pastores costumam ser pessoas solitárias, por vocação. Conheço muitos pastores que têm amigos de verdade, e, no entanto, têm forte tendência à solidão! A maior parte deles vive se remoendo, enquanto luta com seus problemas interiores, sem poder encontrar um amigo de confiança com o qual desabafar. Não podem conversar sobre seus problemas e conflitos com os membros da igreja; e sequer com os demais obreiros. Desabafam com Deus, enquanto derramam o coração em lágrimas em seus momentos de solidão. Pastores sofrem com a solidão. Ainda que acompanhados de tanta gente e cercados de colegas ministeriais vivem sós. Geralmente os obreiros que os cercam não o fazem como amigos ou companheiros – aplaudem e elogiam em busca de cargos ou privilégios. Raramente encontra-se um amigo que viva o compromisso de ajudar o líder, a ponto de admoestá-lo com amor.

Por outro lado, o líder em evidência se põe perante os demais colegas ministeriais como gente de esfera superior, que não precisa da ajuda de ninguém, como super-homem, intocável, impecável – isto mesmo, no sentido de que nunca peca – inviolável e que sabe superar seus problemas. Perante seus amigos e colegas tem uma imagem colorida de sucesso e poder – mas tais pastores são pessoas, fracas, e esquecem que o poder de viver integralmente a vida cristã reside na dependência de Deus e na força de seus amigos.

Talvez agora mesmo você está lendo este estudo e gostaria de ter um amigo para conversar sobre sexo, dificuldades com a esposa, tentações, finanças, problemas pessoais, mas sofrem, temendo o colega infiel. Imaginam que podem ser traídos e prejudicados.

Na falta de confessores, os pastores digladiam-se internamente com seus traumas e pecados. Esquecem que a confissão traz alivio à tensão, desabafa sentimentos, cura e traz paz interior. A confissão e as lágrimas ajudam o pastor a sentir que é humano, ao mesmo tempo em que é espiritual.

As Escrituras não escondem as fraquezas e as tentações dos homens de Deus, até dos mais íntimos de Jeová. Noé, Abraão, Moisés, Davi, Elias e demais homens de Deus tiveram seus momentos de fraqueza, e alguns deles são vistos em momentos de depressão, e quando o escritor aos hebreus deles se utiliza para falar da fé, não menciona, em momento algum suas fraquezas, mas a fé e a perseverança que lhes levou a obter o galardão.

Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus e não de nós (2 Co 4.7). Meu colega pastor deixe-me dizer uma coisa: A glória de Deus somente opera em vasos imperfeitos. E nossa imperfeição está ali, apontando para nós, dizendo-nos que precisamos de Deus, sempre! Deus deixa certas falhas nos seus filhos para que aprendam a depender exclusivamente dele. A glória e a graça de Deus vêm sobre nós escondendo nossas fraquezas. Assim como os pés dos querubins eram pés de bezerro, na descrição de Ezequiel – feios – mas brilham com a glória de Deus, nosso caminhar é santificado por sua glória.

Somos como o Mefibosete da Bíblia. Este neto de Saul, aleijado de ambos os pés; este filho de Jônatas é agora trazido para a casa de Davi e com ele come à mesa. Mas era aleijado! No entanto, suas pernas não eram vistas, ficavam encobertas sob as toalhas da mesa do rei! (2 Sm 9). Somos imperfeitos no nosso caminhar – temos pés que não condizem com a natureza de glória, estes, no entanto, têm suas imperfeições cobertas com o brilho da glória de Deus! 

Em Cristo,
Edmilson Santos

Autor - João A. de Souza filho

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

AMOR, SÓ DE MÃE


 Pode uma mulher esquecer-se tanto do filho que cria, que se não compadeça dele, do filho do seu ventre? Mas, ainda que esta se esquecesse, eu, todavia, me não esquecerei de ti (Isaías 49.15).

“Talvez um dos papéis mais preponderantes da mulher destacado na bíblia, seja o de mãe, embora todos os papéis sejam igualmente reconhecidos. Esse papel de mãe era tão importante nos tempos bíblicos que a esterilidade feminina chegava a ser considerada uma maldição divina, porquanto furtava a mulher de uma de suas funções mais importante na vida. Há casos destacados com especialidade como o de Sara( Gn 17:15), Raquel (Gn30), e Ana (I Sm 1:2). R. C. 

É comum ouvir pessoas dizendo: "Amor, de mãe". Embora isso seja uma grande verdade, vivemos dias em que mães abandonam recém-nascidos. Além disso, pais e filhos não se entendem; há um conflito de gerações. E, como a sociedade é formada por famílias, a cada dia aumenta a violência, a imoralidade e outros males.

Muitas dessas famílias possuem em casa um exemplar da Bíblia. Apesar disso, os pais jamais tiveram tempo para lê-Ia com os seus filhos. Talvez seja esse o seu caso, prezado amigo. E, por isso mesmo, ainda não tenha descoberto nesse glorioso Livro inspirado por Deus - que existe um amor maior que o de mãe!

O amor divino transcende o amor de pai e mãe. Ainda que você se sinta abandonado por todos os seus entes queridos, se confiar no Pai celestial, poderá dizer: "... quando meu pai e minha mãe me desampararem, o SENHOR me recolherá" (Salmos 27.10).

Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna João 3.16.

Quais são a características do maior amor, o de Deus:

Voluntário. "Deus amou". Foi um ato espontâneo, sem que a humanidade fizesse algo para merecê-lo. Afinal, segundo a Palavra de Deus, todos os homens são pecadores por natureza (Romanos 3.23; 5.12; 11.32).

• Universal. Ele amou "o mundo"; toda a humanidade foi amada por Jesus Cristo, que por ela derramou o seu precioso sangue (Romanos 5.8).

Imensurável. Ele amou "de tal maneira". É impossível definir a grandeza desse amor.

• Provado. Deus "deu o seu Filho uninito". Amor de palavras sequer pode ser chamado de amor. Mas o Todo-Poderoso provou que nos ama de verdade ao enviar o que tinha de melhor, o seu próprio Filho.

O que fazer para ser alcançado pelo amor divino? A Palavra de Deus responde: "... para que todo aquele que nele cnão pereça, mas tenha a vida eterna". É preciso crer, que aqui implica confiar. E confiança envolve entrega:

Entrega o teu caminho ao SENHOR; confia nele, e ele tudo fará (Sl 37.5).

Em Cristo,
Edmilson Santos