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Por: Hernandes Dias Lopes |
O casamento é obra divina. Foi Deus quem instituiu o
casamento e estabeleceu princípios para regê-lo. O casamento é um mistério. Nem
mesmo as mentes mais brilhantes conseguem compreendê-lo plenamente. A
felicidade no casamento só é alcançada através de muito esforço e constante
renúncia, muito investimento e pouca cobrança, muito elogio e cautelosas
críticas. Muitos casamentos adoecem e morrem, porque em vez dos cônjuges serem
governados pela verdade, acabam sendo enganados por alguns mitos. Levantarei aqui
alguns desses mitos:
Em primeiro lugar, eu preciso
encontrar a pessoa perfeita para me casar. Essa pessoa não
existe. Não viemos de uma família perfeita, não somos uma pessoa perfeita e nem
encontraremos uma pessoa perfeita. Além disso, essa ideia já parte de um
pressuposto errado, pois é uma afirmação tácita de que já somos uma pessoa
perfeita e que o nosso cônjuge é quem precisa se adequar a nós. Esse narcisismo
é erro gritante. Produz uma auto-avaliação falsa e inevitavelmente deságua numa
relação conjugal adoecida.
Em segundo lugar, se meu cônjuge
me ama nunca vai sentir-se atraído(a) por outra pessoa. Há
muitas pessoas que depois do casamento descuidam-se da sua aparência.
Esquecem-se de que o amor precisa ser constantemente regado e o relacionamento
constantemente cultivado. É sabido que os homens são atraídos por aquilo que
veem e as mulheres por aquilo que ouvem. Sendo assim, as mulheres precisam ser
mais cuidadosas com sua aparência física e os homens mais atentos às suas
palavras. A mulher precisa cativar constantemente seu marido e o marido precisa
conquistar continuamente sua mulher. Qualquer descuido nessa área pode ser
fatal para a felicidade e estabilidade do casamento.
Em terceiro lugar, se meu cônjuge
casou-se comigo nunca vai esperar que eu mude. Um cristão não
pode adotar o slogan de Gabriela: “Eu nasci assim, eu cresci e eu vou morrer
assim”. A indisposição para mudança é um perigo enorme para a felicidade
conjugal. Não somos um produto acabado. Estamos em constante transformação.
Somos desafiados todos os dias a despojar-nos de coisas inconvenientes e a
agregarmos valores importantes à nossa vida. A acomodação no casamento é um
retrocesso, pois num mundo em movimento, ficar parado é dar marcha ré. A vida
cristã é uma corrida rumo ao alvo. Nosso modelo é Cristo e todos os dias
precisamos ser mais parecidos com Jesus. Para isso, precisamos abandonar
atitudes pecaminosas e adotar posturas piedosas.
Em quarto lugar, se meu cônjuge
me ama, não vai ficar aborrecido com minha possessividade.
Ninguém é feliz no casamento perdendo sua individualidade. Ninguém sente-se
confortável sendo sufocado. Ninguém tem prazer em viver no cabresto, sendo
vigiado a todo tempo. O ciúme é uma doença. Uma doença que se diagnostica por
três sintomas: uma pessoa ciumenta vê o que não existe, aumenta o que existe e
procura o que não quer achar. Embora marido e mulher devam respeito e
fidelidade um ao outro, não podem viver sendo monitorados o tempo todo.
Casamento pressupõe confiança. A insegurança produz a possessividade e a
possessividade gera o controle e o controle estrangula a relação.
Em quinto lugar, se meu cônjuge
me ama, nunca vai discordar de mim. O casamento não é a união
de dois iguais. Homem e mulher são dois universos distintos. A ideia de almas
gêmeas é absolutamente equivocada. O impressionante do casamento é que, sendo
tão diferentes, homem e mulher são unidos numa aliança indissolúvel, para se
tornarem uma só carne. As diferenças existem, entretanto, não para destruir o
relacionamento, mas para enriquecê-lo; não para separar o casal, mas para
complementar a relação conjugal.
Em Cristo,
Edmilsom
Santos
muita vdd
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